Devaneios

Lamento da mãe natureza

O rio corre sobre um leito de pedras que brilham ao sol...

O vento canta numa brisa tranqüila;

As flores dançam colorindo o tempo e o espaço.

Um ente chora; é a mãe natureza, pois sua única criação que se diz racional, está a destruindo... É o homem, e assim ela clama:

_Tu que jogas imundícies em meus filhos, o rio, o mar,, o ar e a terra, pares!

_Sei que, ás vezes, faz necessária a minha violência, porém... Tu que matas sem justa causa, pare!

_Tu que matas os pequeninos e os inocentes, pares!

_Pois, o que será do teu futuro que hoje fazes?

_Pare, pelo amor de tu mesmo!

FLORESTA DE CIMENTO

Quero ir mata adentro:

Esquecer a floresta de cimento;

Olhar os passarinhos;

Esquecer a imagem e o som triste

Ensurdecedor do pássaro Roca!

Quero ir mata adentro:

Esquecer a floresta de cimento;

Olhar a lua procurando

Seja a sua poesia, sejam seus mistérios;

Pois, ela me saciará com sua serena luz prateada!

Indo mata adentro:

Esquecendo todo o grande pavimento;

Assim, meu coração acalma;

E acabarei esquecendo esta

Que chamo de floresta de cimento!

Indo mata adentro; Esquecendo meu lamento;

Sentindo dentro do peito

Um puro sentimento!

Lutar contra certo progresso desvairado;

_É utopia! Mas para minha alegria,

Vou mata adentro por um dia!

Só somente só

Sozinha na esquina da vida estou!

Porque amo quem jamais me amou...

Feliz serei, se houver mais amores,

Nesse imenso mundo colores!

***

Emoção mais belodramática é o amor;

Outro sentimento que se compara;

_É a dor!

***

Se mereci nascer

Preciso viver!

Jamais vou deixar

Meu tormento me dominar!

Me manterei franca e fiel!

Sou deste planeta,

Só que de outra dimensão.

Lá não há ódio, muros, nem poluição;

Tudo que possui é belo;

Semelhante aqui, pois há flora e fauna;

Mas é outra dimensão;

Não há preconceito ou fatos que agridem;

Apenas saúde social, física, mental,

Principalmente espiritual, porque acreditamos,

Numa força superior que emana do cosmos.

Nossa única preocupação?

O amor é a perfeição!

***

Estou contente com tua volta,

Porém o que o que mais me revolta;

São teus receios;

Já derrubei tantas lágrimas,

Perdi a conta sem fim;

A culpa é somente minha que te idealiza;

Se não acreditas em meu amor:

Vá embora e deixe-me com minha dor...

Só somente só

Sozinha na esquina da vida estou!

Porque amo quem jamais me amou...

Feliz serei, se houver mais amores,

Nesse imenso mundo colores!

***

Emoção mais belodramática é o amor;

Outro sentimento que se compara;

_É a dor!

***

Se mereci nascer

Preciso viver!

Jamais vou deixar

Meu tormento me dominar!

Me manterei franca e fiel!

Sou deste planeta,

Só que de outra dimensão.

Lá não há ódio, muros, nem poluição;

Tudo que possui é belo;

Semelhante aqui, pois há flora e fauna;

Mas é outra dimensão;

Não há preconceito ou fatos que agridem;

Apenas saúde social, física, mental,

Principalmente espiritual, porque acreditamos,

Numa força superior que emana do cosmos.

Nossa única preocupação?

O amor é a perfeição!

***

Estou contente com tua volta,

Porém o que o que mais me revolta;

São teus receios;

Já derrubei tantas lágrimas,

Perdi a conta sem fim;

A culpa é somente minha que te idealiza;

Se não acreditas em meu amor:

Vá embora e deixe-me com minha dor...

O sol poente me deixa contente, o azul do céu faz cintilar meus olhos; não sei explicar com palavras, como é lindo nosso planeta! Um planeta de natureza tão bela...

Já reparaste, como seríamos mais felizes se o contemplássemos diariamente? O rio límpido; a praia, uma cidade sustentável, sem muros... Mas o que me corrói é que nós o seres humanos (não generalizando) agridem seus semelhantes, sem justa causa, sem definido argumento para tal ação.

A lógica é uma palavra pouco usual entre a sociedade que desperdiça, que mata, destrói o seu próprio lar o planeta Terra.

Quero morar numa casinha de sapé,

Pode gozar de mim quem quisé.

Penso que se morar num prédio ou na cidade, não vou poder ver o luar por trás do matagal.

Sei que é mais confortável, mas uma casinha de sapé... Uma carinhosa muié...

Noites enluaradas; trabalho na roça; é vida dura sim sinhô, mas sadia e segura que na cidade grande.

Não faltando o pão de cada dia, nem saúde, nem alegria – quero morar numa casa de sapé, acredite se quisé!

MAÍSA

Sua voz tristonha;

Cantava como quem sonha...

De olhar claramente sofrido...

Talvez não nasceu assim;

Talvez sorria quando cheirava o jasmim.

Quando olhava nos olhos de uma criança,

Acabava toda sua desesperança!

Que você esteja no céu entoando canções maravilhosas

E sorrindo de verdade!

AMIZADE

Amizade se for forte e sincera;

Dura, nem que a gente vire fera!

Calúnias falam, mas amizade pondera...

Amizade!

Cada momento que passa, mais forte fica!

Amigos!

Mesmo que faça muito tempo que não se vêem,

Lembrarão que um dia se conheceram!

Amizade!

É como escrita rupestre, nem amnésia faz esquecer!

Indescritível, pois amizade é amor!

“Virtudes, ainda acredito nelas!”

Sabe, estou sem inspiração;

Mas cada vez que lembro de ti;

Bate mais forte meu coração;

Bate por mim e por ti!

***

Olhos cintilantes;

Flores coloridas;

Sou uma das amantes;

Amante da vida!

***

SICILIANA

Meus últimos versos,

Quando ouvir em algum lugar;

Você saberá, que meu querer não era só amar:

Foi ótimo ter você ao meu lado...

Me chamando de amado!

Sentindo minha presença,

Nessa poesia desesperada,

Quero que sinta o quão foi amada...

Pensa que saudade não tem gosto?

Nem sempre gostei desse sabor!

Gostaria que fosse diferente nosso destino,

Essas últimas palavras,

É o que me resta!

SOLIDÃO CATIVA, MAS NATURAL...

Sentada à janela do meu quarto, sentindo o perfume de madeira queimada no baldio quintal vizinho , sinto nesta tarde um vazio...

Que é logo preenchida por Érico Veríssimo.

Ah, como parece irrelevante descrever o afazer de uma jovem poetisa num domingo!

Seus sentimentos voam longe, ou melhor, tudo que habita nela de etéreo.

Divagando através dos quatros elementos, querendo uma resposta para uma pergunta ainda não pensada...

Que bobeira!

Se perguntarem o que penso do amor, direi que amar é um querer tão imenso que é gostoso sentir, não explicar...

Meus encantos, meus dilemas... Até parece frase feita, mas gostaria de ser uma jovem “festeira” a ser essa menina pensativa e observadora dos acontecimentos, não que seja bisbilhoteira, mas o motivo de escrever nesta tarde foi “Música ao longe” foi saber que esse devaneio alguém irá ler...

Isso me faz bem... Como caminhar numa pradaria ou num bosque esquecido n’alma...

VELHINHO

Como é longo seu caminho,

Pois anda tão devagarzinho, ó velhinho!

Você pode ser velho fisicamente,

Mas, tende a ser jovem eternamente!

Sua experiência é uma lição para mim!

Quantas coisas você me conta?

Quantas tem ainda para contar?

Sempre atento para o meu olhar.

Cada hora que passa, mais é lento seu andar.

Lágrimas intermináveis você derrama,

Porém não reclama...

Quando sorriem para ti

Fazem seu caminho compensar,

Pois é longo seu suspirar...

Caminhando com Jesus,

Vivendo com Jesus,

Amando com Jesus,

Ensinando às criancinhas;

A, E, I, O, U!

Caminhando, vivendo, amando, ensinando com Jesus!

***

Sou peregrina em qualquer estação;

Quero ser fonte de paz e amor.

Estudarei flauta ou violão;

Para louvar ao meu Deus!

E com muito fervor!!!

Senti meu mundo desabar

De repente, marcando meu coração caiu em mim a realidade.

***

Sinceridade será prioridade.

Não me desespero, espero...

Mas bate á porta a realidade,

Antes da felicidade...

***

Na alma me reina a fantasia;

Por isso eu prego a alegria;

Porque amo a vida!

Como sou sonhadora,

Poucas vezes, realista;

Gostaria de ser repentista

E grande amor declarar

À nação brasiliana!

A qual possui

uma administração insana...

***

Sinhá menina dos meus encantos,

Descrevo-a tão feliz,

Seus olhos amendoados, doces e amados.

Tua pele alva e serenamente aveludada...

Mas porquê me rejeitas?

***

Externamente tudo parece calmo,

Contudo meu coração há uma turbulência,

Agora, que te conheci!

Minhas emoções transbordam,

Minha vida se ilumina,

Estou aflita querendo ser querida.

Nada pode me fazer esquecer de ti.

Tua voz, tua face, tua serenidade.

Você me ignora, sofro,

Mas tudo parece calmo...

Prefiro a dor da solidão

Que tua volta!

Não quero outra vez sofrer!

Disseste que sempre me amou;

Era minha amiga, mas me enganou...

Hoje, desejo apenas uma boa leitura,

À luz das estrelas que te ver novamente.

Por isso siga sua estrada,

Deixe-me na solidão, melhor que a decepção!

***

Te conheci,

Me apaixonei,

Mas nada imaginei,

Tu eras um encanto...

Olhei, admirei, oh, me decepcionei!

Pois,tu nem sequer me olhaste...

Sofri, chorei, mas não me humilhei;

A cabeça ergui e meu rumo segui!

***

Procuro-te de sonhos em sonhos;

Perco-me em pesadelos!

Pareces te desfazer como cristal quebrado;

Toda vez que desperto, tu desapareces...

Minh’alma padece, a cada dia que amanhece!

Que é feito de seu coração?

Nem sequer telefona, nem diz adeus de uma vez...

Nem ao menos diz; talvez!

Felicidade bateu à porta;

Eu não estava...

Foi atrás de mim;

Não me encontrou...

Quando subitamente a encontrei;

Ela desvaneceu!

***

Olhos tristes tinha meu moço

Jamais disse algo alegre pra mim...

Dizia apenas que meu cabelo exala a jasmim.

Foi-se embora sem dizer adeus...

E o vento no meu rosto dizia

Tristes olhos agora tenho eu!

***

Uma brisa suave vem ao encontro de meu rosto;

Meu amado diz e sorri disposto;

Aproveite o dia!

Chama-me de amor e tudo se irradia

Para sempre a jovialidade,

Porém jamais a tolice da imaturidade!

***

Mamãe Natureza está chorando;

Porque o rio está poluído; ressequido... Doído...

A flora e a fauna?

Devastada!

A sociedade contemporânea?

Mal-amada!

Crianças?

Desnutridas, abandonadas, desesperadas e até órfãs de pais vivos...

Mamãe Natureza está chorando;

Sempre perguntando:

­Humano, afinal qual é o seu plano?

Vou por uma estrada sem fim;

Vou como folhas secas no jardim;

Não te afastes ou te enojes de mim

Por causa de meu poema;

Meu dilema...

Quando amanheço, lembro de ti.

Quando te esqueço;

Em meio à multidão;

Ponho-me a recordar de ti.

Teu olhar, teus cabelos, teu andar,

Tua voz a me emocionar...

Pouco te vejo, mas muito te desejo!

Admiro-te discretamente...

Idealizo um romance proibido,

Um afeto jamais recebido...

Por quê? Porque é um sonho “blue”;

Porque tu podes achar que é feio;

A sociedade olha de esgueiro;

Esse é o motivo de meu receio...

Podes pensar em sexualidade,

Mas na verdade é pura afetividade.

É algo que não me deixa contente!

Mesmo que isso te incomode

Fazes de conta que não sabes de meus sentimentos,

Meus lamentos, meus medos, minha ingenuidade;

Em pensar que podes me compreender...

Não me importo de amar-te em silêncio;

Apenas idealizo, meu afeto não correspondido!

Nada de rótulos ou preconceitos,

Não somos perfeitos...

Então, o que me dizes?

Compreendes-me ou me condenas?

Continuemos nossa amizade?

“blue” = triste, melancólico.

Ouço o sussurrar do vento;

Sonho com o recente amor!

Caminho em passos lentos,

Contemplo campos floridos;

Afinal, somos bem queridos?

***

Doce de jiló é como homem;

Do amor, não tem dó;

Doce de carambola:

Te amo mas “não dou bola”...

Doce de amora;

Te amo, mas você não me namora!

***

Chove muito...

Mas a chuva não é maior

Que a lágrima global...

Sei que escrever não resolve muito;

Porém é um primeiro passo,

Para o que faço.

ALGUMAS PESSOAS INSISTEM

INJUSTAMENTE EM JOGAR

COM AS PALAVRAS OU SENTIMENTOS

E REPENSAR SEUS SENTIDOS...

MAS COMO SENTIR E CONSENTIR?

SIMPLESMENTE PORQUE MUITOS NÃO

SÃO PREPARADOS PARA SENTIR

MUITO MENOS CONSENTIR; COM

DIGNIDADE E RESPEITO....

“_Por que não ficamos no mistério do fruto

proibido?” (Clarice Lispector)